O Vasco da Gama foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) a pagar **R$ 249.810,00** à Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (FENAPAF) por não ter repassado valores devidos referentes a transferências internacionais de jogadores realizadas em 2017 e 2018. A ação tem como base o artigo 57, inciso II, da Lei Pelé, que determina o repasse de **0,2% do valor das negociações para as entidades sindicais e federações de atletas**.
As transferências envolvidas foram a venda do volante Douglas Luiz ao Manchester City, da Inglaterra, em 2017, e do atacante Paulinho ao Bayer Leverkusen, da Alemanha, em 2018. Na época dessas transações, o Vasco deixou de repassar à FENAPAF o percentual obrigatório, fato que gerou a ação judicial movida pela Federação.
Além do valor principal de R$ 249.810,00, o clube foi condenado a pagar também 10% desse montante em honorários advocatícios, o que eleva o total da dívida para quase R$ 275 mil. O desembargador Horácio dos Santos Ribeiro Neto, da 10ª Câmara de Direito Público, rejeitou os recursos apresentados pelo clube, mantendo a decisão que reforça a obrigação do repasse à federação.
Esse episódio representa mais um desafio para o Vasco, que atualmente passa por um delicado processo de reorganização financeira e administrativa. O clube enfrenta dificuldades para equilibrar as contas enquanto tenta fortalecer o elenco para a sequência da temporada, e essa condenação judicial adiciona pressão ao cenário financeiro cruzmaltino. O caso também chama atenção para a importância do cumprimento das obrigações legais relacionadas às transferências de jogadores, previstas na legislação esportiva brasileira.
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