A defesa do Vasco da Gama acionou, nesta segunda-feira, 6 de outubro de 2025, o ex-jogador e ídolo do clube Valdir Bigode na Justiça após declarações públicas em que ele acusou a diretoria de irregularidades na fila de pagamento de dívidas trabalhistas, alegando privilégios para ‘amigos’ do clube na ordem de recebimento dos valores devidos[1][4][8]. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e imprensa especializada, acirrando o debate sobre a situação financeira do Cruzmaltino, que passa por recuperação judicial desde o início da gestão do presidente Pedrinho[1][3].
Valdir Bigode, que integrou o elenco do Vasco em diferentes momentos – entre 1990 e 1995, e de 2002 a 2004 – afirmou, em entrevista ao podcast ‘Basticast’, que o clube ‘abandonou seus funcionários’ e que a recuperação judicial seria apenas uma ‘trava’ para adiar o pagamento de ex-servidores e ex-atletas[1][3]. Ele declarou:
‘O Vasco é um gigante, o que são 2 bilhões por mês para um gigante? Nada, muito pouco. Era o que se pagava para funcionários, tem direito a receber, entra na fila e fica lá recebendo. Parou de pagar tem mais de um ano, não tem como administrar e está na Justiça. A SAF é dona, está brigando na Justiça, os caras que compraram estão fora, não pode vender e o pior que não tem ninguém para comprar. Que gestão foi essa? Não sei, mas o clube tem que pagar, tem que buscar pessoas pra receber’, destacou Bigode[1].
O ex-atacante foi ainda mais enfático em entrevista ao canal ‘Fut & Papo’, onde disse que, embora esteja na fila de credores, observou pagamentos a pessoas ‘atrás da fila’, beneficiando, na sua avaliação, nome de ‘amigos’ da diretoria. ‘Tenho grana para receber. Estou na fila. Até quase alcancei, estava pertinho, mas vi alguns documentos que estão pagando quem está atrás da fila e quem estava na frente. Alguns amigos estão recebendo. Furou a fila. O cara está lá atrás e recebe. Quando ficar mais p… eu solto os nomes’, declarou Valdir Bigode[2][8].
O Vasco da Gama reagiu imediatamente, divulgando nota oficial repudiando as acusações e classificando-as como ‘completamente infundadas’ e ‘falsas’, alegando que o objetivo das declarações seria desestabilizar o processo de reestruturação financeira e a recuperação judicial do clube[4][8]. A diretoria reforçou que todas as ações são conduzidas com transparência e sob acompanhamento judicial, conforme exigido pelo plano de recuperação, e destacou que o ex-atleta será judicialmente responsabilizado pelas acusações sem provas[4][8].
A dívida do Vasco com Valdir Bigode, atualmente, é de R$ 1,9 milhão, valor que ainda será corrigido quando chegar sua vez de recebimento, conforme o plano de pagamento dos credores laborais[2][8]. Além das passagens como jogador, Bigode também treinou o Vasco interinamente em 2017 e 2018[2].
O caso reacendeu a discussão sobre a gestão do Vasco desde a entrada na Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e a eficácia do processo de recuperação judicial, que tem deixado centenas de ex-funcionários e atletas em situação de incerteza sobre o recebimento dos valores devidos[1][3][9]. Com a ação judicial anunciada, o clube espera inibir novas declarações consideradas caluniosas, enquanto Valdir Bigode deve ter a oportunidade de apresentar provas de suas acusações em juízo.
**Hashtags**
#Vasco #ValdirBigode #RecuperaçãoJudicial #FutebolBrasileiro #CriseFinanceira #SAFVasco #DívidasTrabalhistas #JustiçaNoEsporte #VascoNaJustiça #CruzMaltino