Site alemão relembre o dia em que Eurico Miranda ‘peitou’ Pablo Escobar; leia reportagem

No panorama turbulento do futebol sul-americano dos anos 1990, um episódio marcante envolveu Eurico Miranda, então dirigente do Vasco da Gama, e Pablo Escobar, o infame chefe do Cartel de Medellín e patrono do Atlético Nacional da Colômbia. Em 1990, durante as quartas de final da Copa Libertadores, Vasco e Atlético Nacional protagonizaram um confronto que ultrapassou as quatro linhas e expôs a tensão entre esporte e narcotráfico.

O primeiro jogo da série, disputado no Maracanã em 22 de agosto, terminou empatado em 0 a 0, mas a pressão e o clima de tensão aumentaram para a partida de volta em Medellín. Na Colômbia, o Atlético Nacional, apoiado pelo poder financeiro e violento do Cartel de Medellín, treinava um ambiente intimidativo: policiamento ostensivo, ameaças e uma tentativa explícita de suborno à arbitragem. O bandeirinha uruguaio Otello Roberto relatou que sua equipe foi alvo de uma oferta de dinheiro feita por homens encapuzados, uma ordem vindoura do próprio clube ligado ao narcotráfico, que não aceitaram. Além disso, a arbitragem sofreu ameaças por telefone e viveu um clima de medo, com um efetivo armado pesado no estádio, descrito como próximo a um cenário de guerra[2][3][4].

Eurico Miranda, conhecido por sua postura combativa e sem medo de enfrentar os poderosos, não se intimidou diante das investidas do Cartel. Ele denunciou publicamente a tentativa de compra da partida por parte do Atlético Nacional, provocando uma pressão que levou a Conmebol a anular o resultado da partida do jogo na Colômbia, que havia sido vencida por 2 a 0. A entidade decidiu remarcá-lo diante das evidências de irregularidades e das pressões sofridas pela arbitragem. Apesar da reedição terminar em derrota por 1 a 0 para o Vasco, o episódio ficou marcado pela coragem de Eurico em ‘peitar’ um dos homens mais perigosos do narcotráfico mundial, simbolizando um confronto raro entre os mundos do futebol e do crime organizado[1][2][3].

Além do caráter esportivo, esta história revela aspectos sombrios e pouco conhecidos da Libertadores da época, quando times colombianos controlados por cartéis financiavam esquemas de intimidação para fortalecer suas equipes. Eurico, ao mesmo tempo em que era polêmico no futebol brasileiro, destacou-se nesse episódio por sua resistência a esse tipo de pressão, tornando-se um personagem lendário na história do Vasco e do futebol sul-americano.

Essa narrativa continua relembrada e debatida não apenas entre vascaínos, mas também na mídia internacional, reforçando a complexidade da relação entre esporte, poder e ilegalidade na América Latina durante os anos 1990.

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