Relatório aponta aumento da dívida do Vasco em R$ 350 milhões e superávit em 2025

O Vasco da Gama enfrenta um cenário financeiro complexo em 2025, marcado por um aumento significativo da dívida, porém com sinais claros de recuperação operacional e superávit no clube associativo. Segundo o último relatório divulgado pelas consultorias Wald Administração Judicial e K2, a dívida acumulada da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube aumentou em R$ 350 milhões desde a criação da SAF, em 2022, apesar dos aportes financeiros realizados por investidores estrangeiros até 2023. Esse crescimento da dívida tem origem principalmente na má gestão atribuída à 777 Partners, que detinha a maior parte da SAF e não cumpriu compromissos financeiros, contribuindo para o agravamento da situação econômica do clube[1][2][4].

No entanto, apesar do aumento da dívida, o Vasco conseguiu apresentar um superávit operacional no primeiro quadrimestre de 2025. O clube social fechou o período com superávit de R$ 786 mil e saldo em caixa de R$ 1,4 milhão, resultado da arrecadação de mais de R$ 6,6 milhões em receitas provenientes de patrocínios, royalties, bilheteria, programas sociais e repasses da SAF. As despesas ficaram em torno de R$ 5,9 milhões, incluindo custos administrativos, jogos, impostos e encargos diversos. Este desempenho contribui para a estabilidade do clube nas atividades extracampo, como projetos sociais e manutenção da sede[3][5].

Já a SAF do Vasco, apesar de ainda não ter suas demonstrações financeiras auditadas referentes a 2024, apresentou números positivos no início de 2025. Ao final de abril, ela mantinha um saldo em caixa de R$ 29,9 milhões e arrecadou cerca de R$ 124 milhões para os cofres da SAF. O clube também realizou investimentos de aproximadamente R$ 27,7 milhões em reforço esportivo e estruturação técnica, impactando diretamente na liquidez de curto prazo, que mesmo assim se manteve operável[4][6].

A situação financeira do Vasco mostra, portanto, um paradoxo: enquanto o passivo e a dívida acumulada exigem uma reorganização estrutural, o clube e a SAF demonstram capacidade de gerar resultados positivos e manter o caixa saudável no curto prazo. Esse equilíbrio entre a necessidade de gestão rigorosa da dívida e investimentos operacionais será decisivo para a sustentação e o crescimento do clube nos próximos anos.

A recuperação judicial em curso, protocolada em fevereiro, é o mecanismo pelo qual o Vasco tenta superar as dificuldades deixadas pela gestão anterior, buscando garantir a continuidade das atividades esportivas e administrativas por meio de uma administração mais eficiente e transparente.

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