Presidente do Vasco, Pedrinho ironiza contratações do Corinthians

## Pedrinho ironiza contratações do Corinthians e reafirma postura de austeridade no Vasco

O presidente do Vasco da Gama, Pedrinho, viralizou nesta quinta-feira (24) após uma declaração que deixou claro o seu posicionamento diante das críticas sobre contratações no Clube de Regatas. Em entrevista coletiva na sede da SAF vascaína, no Rio de Janeiro, o mandatário usou o Corinthians como exemplo para defender a cautela nas negociações do time carioca, afirmando que não faria contratações se não tivesse condições de honrar os compromissos financeiros com os atletas[1].

‘Eu não vou fazer contratações que o Corinthians fez e não honrar o compromisso, não queria aqui citar clubes, eu não consigo contratar e não pagar, pô, não consigo’, disparou Pedrinho, em tom irônico, referindo-se à crise recente do Corinthians, que atrasou o pagamento de salários de Memphis Depay, mas vem cumprindo as obrigações atualmente[1]. O presidente do Vasco foi ainda mais enfático ao dizer: ‘O torcedor não pode esperar isso de mim, desculpa te decepcionar. Eu não vou fazer isso. Não estou fazendo comigo, estou fazendo com a instituição'[4].

Pedrinho aproveitou para fazer uma análise do mercado de transferências, destacando que muitas contratações são feitas dentro de um fluxo de caixa sustentável. ‘Quando você pega um número frio desse jeito, R$ 60 milhões, parece que eu peguei e investi no talo, e R$ 60 milhões no talo você poderia contratar um jogador X, do nível da primeira prateleira. As contratações não são feitas dessa forma, elas vão caber dentro de um fluxo de caixa que eu consiga pagar’, explicou[2]. O dirigente ainda ressaltou que nunca prometeu trazer jogadores de alto nível, mas sim agir com responsabilidade diante da situação financeira do clube[3].

O Vasco, que vive uma fase de recuperação judicial após anos de gestão complicada, tenta criar uma nova cultura de austeridade. Pedrinho lembrou que, antes do processo de recuperação, a gestão anterior havia contratado sem pagar, gerando dívidas pesadas para o clube[4]. ‘Para você ter ideia, a 777 gastou R$ 300 milhões em contratações e não pagou 200. E essa conta é nossa’, disse[4]. Por outro lado, o presidente elogiou as contratações de Philippe Coutinho, Nuno Moreira, Lucas Freitas e Tchê Tchê, que, segundo ele, estão dentro das possibilidades financeiras do clube e podem render bons frutos no futuro[2].

A coletiva ainda teve momentos de tensão, com Pedrinho se mostrando incomodado com as críticas da torcida. ‘Sei que estou decepcionando muitos, mas prefiro decepcionar do que iludir’, afirmou. O presidente destacou que, se a torcida quiser, ele está disposto a deixar o comando do clube, mas sempre priorizando a verdade e o trabalho responsável[4].

A declaração de Pedrinho repercutiu bastante nas redes sociais, com torcedores do Corinthians se sentindo provocados e vascaínos divididos entre apoiar a prudência do presidente ou cobrar reforços de maior destaque. Em meio a eliminação na Sul-Americana para o Independiente del Valle e luta contra o rebaixamento no Brasileirão, a postura de Pedrinho coloca o Vasco em um novo patamar de debate sobre a modernização da gestão do futebol brasileiro.

### Críticas ao modelo de outros clubes

Pedrinho foi direto ao apontar diferenças nos modelos de gestão, dizendo que muitos clubes brasileiros apostam alto, erram, mas conseguem mascarar os equívocos porque têm mais volume de negociações e, por vezes, mais acertos. No caso do Vasco, cada erro fica mais evidente, daí a necessidade de cautela extrema[4]. Ele também lembrou que renovações de contrato, muitas vezes desvalorizadas por parte da torcida, representam investimentos reais no elenco, citando os casos de Léo Jardim, Rayan e Coutinho[4].

### Expectativa para o futuro

A mensagem de Pedrinho é clara: o Vasco não vai arriscar o equilíbrio financeiro em busca de títulos imediatos. O foco está em consolidação e responsabilidade, mesmo que isso signifique passar mais tempo longe de grandes conquistas. Resta saber se a torcida vai aceitar esse discurso no médio prazo ou se, pressionado, o presidente precisará rever suas posições.

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