O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, protagonizou declarações contundentes em meio à crise envolvendo o clube, a Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e a presidente do Palmeiras, Leila Pereira. Em reunião recente do Conselho Deliberativo do Flamengo, Bap destacou uma suposta ‘agenda clara’ de Leila, ao citar o empréstimo de R$ 80 milhões da Crefisa — empresa diretamente ligada à presidente palmeirense — à SAF do Vasco. Para ele, ‘não basta ser honesta, tem que parecer honesta’, questionando a legalidade e o fair play financeiro da operação, que resultou na penhora de 19% das ações do clube carioca como garantia[1][7].
A polêmica tem marcado o cenário do futebol brasileiro desde a criação da Libra, que agrega clubes interessados em negociar coletivamente os direitos de transmissão televisiva. O Flamengo, historicamente beneficiado por sua maior torcida e maior receita, discorda do modelo de divisão proposto pela liga, que dilui o valor total entre todos os participantes, reduzindo sua cota. Por isso, Bap conseguiu judicialmente bloquear um repasse de R$ 77 milhões a outros clubes da Libra, gerando críticas das demais equipes e de Leila Pereira, que classificou a atitude do Flamengo como ‘torpe e autoritária’ e disse desejar firmeza no processo para destravar o bloqueio[3][6][9].
Durante a reunião do Conselho Deliberativo, o Flamengo esclareceu que não pretende deixar a Libra, mantendo a convivência contratual até o fim do acordo, em 2029, apesar de continuar lutando por revisão dos critérios de distribuição. Bap afirmou que o Flamengo não jogará sozinho, em resposta à sugestão de Leila de que o clube carioca poderia formar uma liga separada para manter seus privilégios. Segundo ele, a exclusão do Flamengo reduziria significativamente o valor disponível para os demais, prejudicando o conjunto do futebol brasileiro[4][9].
Leila Pereira, por sua vez, rebateu as insinuações do presidente rubro-negro, negando que esteja adquirindo o Vasco ou qualquer outro clube ou empresa relacionada, e reafirmou sua intenção de fortalecer o futebol nacional por meio da união dos clubes em ligas consolidadas e atuantes. Com patrimônio estimado em cerca de R$ 8 bilhões, ela mantém uma postura firme e ambiciosa, buscando consolidar-se como uma das dirigentes mais influentes do futebol no país[3][5][7].
Essa disputa entre duas figuras de grande peso no futebol brasileiro expõe tensões profundas sobre gestão, fairness financeiro e poder na administração dos direitos televisivos, temas que devem continuar a influenciar o cenário esportivo nacional nos próximos anos. O Flamengo segue em sua batalha judicial, enquanto a Libra pressiona por permanecer coesa e manter o modelo de negócios aprovado por seus membros, em uma disputa que vai além dos gramados e demonstra a complexidade do futebol moderno no Brasil.
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