O Vasco da Gama fechou um acordo para receber um empréstimo de R$ 80 milhões da Crefisa, empresa financeira presidida por Leila Pereira, que também é presidente do Palmeiras. O financiamento está destinado a cobrir as despesas operacionais do clube, que enfrenta uma crise financeira agravada após o afastamento da 777 Partners do comando da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Vasco[1][2].
O acordo, na modalidade DIP (debtor-in-possession), é uma linha de crédito específica para empresas em recuperação judicial, possibilitando que o clube mantenha suas atividades durante o processo. O Vasco solicitou à 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro a autorização para a realização da operação, já que tanto o clube associativo quanto a SAF estão em recuperação judicial. Segundo documentos apresentados à Justiça, o clube enfrenta desde setembro de 2024 uma severa restrição de liquidez, após deixar de receber aportes milionários da antiga gestora[1][3].
O cronograma para utilização do empréstimo prevê a liberação de R$ 70 milhões já em outubro, distribuídos em duas parcelas — R$ 30 milhões em caráter de urgência e R$ 40 milhões até o final do mês —, e outras duas parcelas de R$ 5 milhões cada nos meses seguintes. O recurso será aplicado no pagamento de salários, fornecedores estratégicos, obrigações trabalhistas e fiscais[3][4].
Como garantia do financiamento, o Vasco ofereceu 20% do capital da SAF, equivalente a 20 mil ações ordinárias classe A pertencentes ao clube associativo. A Crefisa poderá assumir o controle dessas ações apenas em caso de inadimplência do clube. O acordo ainda prevê uma carência de 12 meses para o início do pagamento da dívida e um prazo total de 36 meses para quitação[4].
As negociações foram conduzidas diretamente pelo presidente do Vasco, Pedrinho, com José Lamachia, dono da Crefisa e marido de Leila Pereira. A escolha pela Crefisa ocorreu após o Vasco analisar mais de 60 instituições financeiras, das quais apenas cinco apresentaram propostas firmes, sendo a proposta da Crefisa a mais vantajosa[2][4].
Além do empréstimo, a relação entre Vasco e Crefisa tem envolvido discussões sobre naming rights do estádio São Januário e possível interesse da Crefisa em outras propriedades do complexo, como piscina e academia, refletindo uma aproximação mais ampla entre as partes[5].
O acordo ainda aguarda aprovação da administração judicial e do Conselho Deliberativo do Vasco para se concretizar oficialmente[4]. O empréstimo representa um passo importante para a sustentação financeira do clube enquanto segue em recuperação judicial, buscando retomar a estabilidade econômica e esportiva.
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