Pedido de recuperação judicial do Vasco enfrenta obstáculos no TJ-RJ

O pedido de recuperação judicial do Vasco da Gama, protocolado em fevereiro de 2025 no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), vem enfrentando sérios obstáculos e atrasos no andamento do processo. O clube, que atualmente possui dívidas estimadas em cerca de R$ 1,4 bilhão, busca por meio da recuperação judicial a reestruturação financeira para evitar a falência e garantir a continuidade das atividades tanto do clube associativo quanto da Sociedade Anônima do Futebol (SAF)[3][4].

O trâmite do processo foi comprometido após três desembargadores da 20ª Câmara de Direito Privado do TJ-RJ se declararem suspeitos para julgar o caso, em razão de ameaças e conflitos anteriores relacionados à torcida do Vasco. Isso resultou na redistribuição dos recursos para outros desembargadores, o que deverá alongar ainda mais o tempo de análise do pedido[3]. Antes dos contratempos, a recuperação judicial representava uma esperança para que o gigante carioca pudesse renegociar suas dívidas e atrair novos investimentos, especialmente após a ruptura com o fundo 777 Partners, que antes gerenciava a SAF do clube[1][2].

O processo de recuperação judicial, aprovado inicialmente pela Justiça em fevereiro, suspendeu todas as cobranças contra o Vasco, estabelecendo um prazo de seis meses para que o clube apresente seu plano de pagamento aos credores. Já em maio de 2025, o Vasco protocolou o referido plano, que precisa ser analisado e aprovado em assembleia geral dos credores. O objetivo é assegurar a viabilidade financeira, atrair aportes e garantir o pagamento em dia de salários e outras obrigações trabalhistas e fiscais[2][5].

A diretoria do Vasco, liderada pelo presidente Pedrinho, reafirma que o mecanismo legal é fundamental para a superação da atual crise financeira do clube. A recuperação judicial, adotada em outros clubes brasileiros após a implementação da Lei das Sociedades Anônimas do Futebol (Lei nº 14.193/2021), é vista como uma ferramenta para manter o clube em atividade e reformular sua gestão financeira com transparência e segurança jurídica[4][6].

No cenário atual do futebol brasileiro, onde diversos clubes enfrentam dificuldades econômicas graves, o Vasco da Gama representa um caso emblemático do uso da recuperação judicial como estratégia para sanar as dívidas e estruturar um projeto financeiro e esportivo sustentável, embora o processo judicial ainda tenha desafios significativos a superar no TJ-RJ[3].

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