O MAPA DA DÍVIDA: Vasco deve mais de R$ 30 milhões a superagentes do futebol brasileiro

Nas últimas semanas, o Vasco da Gama voltou ao centro das discussões sobre a saúde financeira dos clubes brasileiros. Um levantamento inédito, baseado na lista de credores entregue ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro como parte do processo de Recuperação Judicial, revelou que o clube carioca acumula uma dívida de mais de R$ 30 milhões apenas com superagentes do futebol nacional[5]. Esse capítulo, que ficou conhecido como ‘O MAPA DA DÍVIDA’, expõe a complexa situação fiscal do Gigante da Colina e coloca em xeque a sustentabilidade do modelo de gestão adotado nos últimos anos.

A lista detalha a quem o Vasco deve e, entre os principais credores, destacam-se grandes escritórios que intermediaram negociações de jogadores e dirigentes. Segundo fontes próximas ao processo, esses débitos são resultado de contratos assinados tanto pelo clube associativo quanto pela Sociedade Anônima do Futebol (SAF), criada em 2022 para captar investimentos e modernizar a administração – mas que, em vez de resolver, teria ampliado o endividamento do clube[1][2][6]. O problema não se limita ao futebol profissional: o alçapão financeiro também atinge atividades extracampo, como projetos sociais e a manutenção da sede.

Apesar do cenário preocupante, há sinais de recuperação. O balanço financeiro do primeiro quadrimestre de 2025 mostrou que o Vasco associativo encerrou esse período com superávit de R$ 786 mil e saldo em caixa de R$ 1,4 milhão, fruto de receitas que superaram R$ 6,6 milhões – vindas de patrocínios, bilheteria, royalties, programas sociais e repasses da SAF[1][2][4]. As despesas ficaram em torno de R$ 5,9 milhões, com destaque para gastos administrativos, operacionais e impostos. Segundo o presidente Pedrinho, trata-se de um processo de reestruturação ‘com responsabilidade’, que inclui redução de desperdícios e criação de novas formas de arrecadação[3].

A SAF, por sua vez, encerrou abril de 2025 com quase R$ 30 milhões em caixa, tendo arrecadado cerca de R$ 124 milhões apenas nos primeiros quatro meses do ano[2]. Mesmo assim, as demonstrações contábeis da empresa ainda não foram auditadas, fato que deve ser esclarecido até o final de junho deste ano[2][4].

O pedido de Recuperação Judicial, protocolado em fevereiro, foi motivado por dificuldades históricas e, principalmente, pelo que a atual gestão classifica como ‘má gestão’ dos antigos controladores, grupo 777 Partners[2][6]. Desde a chegada da SAF, a dívida do Vasco cresceu R$ 350 milhões, mesmo com investimentos externos[1][2][6]. O intuito agora é renegociar passivos, reestruturar contratos e evitar que novos débitos se acumulem.

Para alguns especialistas, o caso do Vasco reflete não só os desafios de um clube tradicional, mas também as incertezas do modelo SAF no Brasil. O clube carioca tornou-se quase um laboratório de como equilibrar transparência, austeridade e competitividade no futebol moderno. Enquanto isso, torcedores, imprensa e mercado aguardam os próximos capítulos dessa saga, que pode ser decisiva para o futuro do Gigante da Colina.

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