O presidente do Vasco da Gama, Pedrinho, concedeu uma entrevista coletiva na última quinta-feira (24/7) para esclarecer a situação atual do clube, especialmente sobre a janela de transferências e as críticas recebidas acerca do desempenho nas contratações. Em meio a um momento financeiro delicado e esportivo instável, Pedrinho foi enfático ao afirmar que nunca prometeu a chegada de jogadores de nível mundial, como os do Real Madrid, e destacou que seu compromisso sempre foi honrar as obrigações financeiras do clube com responsabilidade.
Na coletiva realizada na sede da SAF do Vasco, na Barra da Tijuca, o dirigente explicou que as contratações precisam estar compatíveis com o fluxo de caixa do clube, evitando investimentos que possam comprometer a saúde financeira. Segundo Pedrinho, embora haja atletas do elenco que ainda não tenham rendido conforme a expectativa, existem também casos de contratações que vêm mostrando um bom desempenho. Ele citou que ao analisar um número global, como os R$ 60 milhões movimentados em três janelas de transferências desde que assumiu, é equivocado pensar que esses valores foram investidos exclusivamente em reforços de alto impacto, pois muitas operações foram parceladas e feitas com cuidado para garantir o pagamento sem prejudicar o caixa do clube[1][3].
Além disso, Pedrinho justificou medidas tomadas em 2024, como a venda de mandos de campo, explicando que essa foi uma ação necessária para quitar salários e manter o funcionamento do clube em uma situação muito crítica, quando os vencimentos dos jogadores e funcionários eram pagos mês a mês com muita dificuldade financeira. Essa transparência, segundo ele, incomodou parte da imprensa, mas foi essencial para a estabilidade momentânea do Vasco[3].
Na sequência da entrevista, foi abordado o planejamento para a atual janela de transferências que se abriu em julho de 2025. O Vasco pretende realizar contratações pontuais e estratégicas para equilibrar o elenco, que, de acordo com o diretor de futebol Admar Lopes — nomeado recentemente e com experiência no mercado europeu —, apresenta lacunas em posições importantes. A prioridade são um atacante e um meio-campista que possam agregar qualidade e que estejam dentro das condições financeiras do clube. Além disso, um dos focos principais é a renovação contratual do goleiro Léo Jardim, peça fundamental no elenco, alvo de clubes do exterior e considerada prioridade para manter a base do time[2][4].
O clube aposta em um perfil de jogadores jovens, com potencial de valorização técnica e comercial, e que tenham passagem em categorias de base de seleções, como forma de garantir um retorno futuro. Nomes internacionais promissores vêm sendo observados, como o equatoriano Alan Minda e o colombiano Andrés Gómez, ambos com experiência em ligas europeias. Embora ainda não haja propostas oficiais, a diretoria mantém negociações em aberto para fortalecer o plantel com responsabilidade, equilibrando ambição técnica e sustentabilidade financeira[4].
Pedrinho reiterou que não pretende fazer contratações impensadas, como as realizadas por outros clubes que acabaram por criar dívidas altas e comprometer o orçamento. O presidente revelou que a dívida atual do Vasco ultrapassa a marca de R$ 1,4 bilhão, fato que exige cautela e planejamento minucioso para reverter a situação e, aos poucos, devolver competitividade ao time com um elenco mais equilibrado[3].
Essa coletiva representa um posicionamento oficial do Vasco da Gama diante de uma fase conturbada, buscando trazer clareza e alinhamento entre diretoria, comissão técnica, jogadores e torcida. O discurso de Pedrinho mostra a prioridade pela responsabilidade fiscal, transparência administrativa e um trabalho estruturado para reerguer o clube sem falsas expectativas de contratações mirabolantes, mas com foco em resultados sólidos e duradouros.
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