A Justiça do Rio de Janeiro autorizou o Vasco da Gama a captar um empréstimo de R$ 80 milhões junto à empresa financeira Crefisa, que tem entre seus principais clientes o Palmeiras. A decisão foi tomada pela juíza Caroline Rossy, da 4ª Vara Empresarial, e reconhece a operação como fundamental para a continuidade financeira do clube, que atualmente passa por um processo de recuperação judicial. A modalidade do empréstimo é DIP Financing (Debtor-in-Possession), prevista na Lei de Recuperação Judicial, destinada a empresas em crise para garantir sua operação enquanto recorrem à justiça para reestruturação[1][2].
O valor será utilizado exclusivamente para o pagamento de despesas operacionais do Vasco, incluindo salários dos atletas, custos administrativos, tributos e demais obrigações trabalhistas e fiscais. O clube estima que terá necessidade de cerca de R$ 170 milhões até o final de 2025 para garantir o funcionamento, e o empréstimo com a Crefisa surge como uma alternativa emergencial para evitar o colapso financeiro[1][7].
Como garantia do empréstimo, o Vasco ofereceu 10% das ações ordinárias da Vasco SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Inicialmente, estava prevista a garantia de 20%, mas o Ministério Público e a Administração Judicial ajustaram o percentual para 10%, o que facilitou a aprovação da operação tanto pelo judiciário quanto pelos credores. Essa garantia não configura alienação de ativos e, por isso, a decisão não precisou passar pelo Conselho Deliberativo do clube, poupando a necessidade de autorização interna para a captação do recurso[2][3][11].
A decisão judicial foi precedida de parecer favorável do Ministério Público e do administrador judicial do processo, que destacaram a urgência da operação para o pagamento das despesas e manutenção das atividades futebolísticas e administrativas do Vasco. A autorização permite que o clube utilize R$ 70 milhões ainda em outubro, com liberação inicial de R$ 30 milhões imediatos, segundo o planejamento financeiro apresentado[7][9].
Essa operação vem em um momento delicado para o Vasco, que enfrenta sérios desafios financeiros agravados por impugnações e questionamentos relativos à recuperação judicial do clube. Credores apontam possíveis irregularidades na assembleia que aprovou o plano de recuperação, mas a Justiça tem mantido o processo avançando com medidas para garantir a estabilidade financeira da agremiação[4][6].
O presidente do Vasco, Pedrinho, conduziu diretamente as negociações com a Crefisa, evidenciando a busca do clube por soluções que apresentassem as melhores condições do mercado entre mais de 60 instituições financeiras consultadas. A Crefisa, conhecida por atuar em operações especiais e patrocinadora do Palmeiras, tornou-se parceira financeira importante para o Cruz-Maltino nesse momento crítico[5].
Este empréstimo é considerado estratégico para evitar o colapso das operações do Vasco, mantendo o clube competitivo em campo e em dia com suas obrigações enquanto segue o processo de recuperação judicial. A expectativa é de que, com esse reforço financeiro emergencial, o Vasco consiga buscar estabilidade e retomar o equilíbrio econômico no médio prazo.
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