Histórico das SAF no Brasil: valores, investidores e como a proposta do Fluminense se compara

O Fluminense recebeu uma proposta inédita para a criação de sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF), com investimento total previsto de R$ 6,9 bilhões ao longo de 10 anos. A oferta, apresentada pela gestora Lazuli Partners e sua subsidiária LZ Sports, prevê um aporte inicial de R$ 500 milhões, além da assunção integral da dívida atual do clube, estimada em R$ 871 milhões. O modelo proposto é inovador e conta com 40 investidores, todos torcedores do Fluminense, que adquirirão cotas da SAF, que controlaria o futebol masculino, feminino, as categorias de base de Xerém e o futsal, enquanto a associação continuará com os imóveis do clube, como a sede de Laranjeiras[1][2][3][4].

Diferente das SAFs já implementadas no Brasil, onde empresários individuais assumem o controle do clube, o modelo do Fluminense propõe uma governança compartilhada entre os torcedores-investidores, que detêm entre 51% e 90% das ações da SAF; atualmente, com a dívida considerada, a proposta prevê 65% para a empresa e 35% para a associação. Isso representa o maior valuation de SAF já feito no país, avaliado em R$ 260 milhões. O plano visa tornar o Fluminense uma referência nacional e competidor de alto nível, almejando integrá-lo ao grupo dos três melhores times do Brasil[1][3][4][5].

Os investimentos planejados de R$ 6,4 bilhões a serem aplicados em uma década concentram-se em cinco grandes áreas: cerca de R$ 4,7 bilhões para folha salarial de jogadores e comissão técnica, R$ 1,1 bilhão para aquisição de atletas, R$ 359 milhões para formação de jogadores, R$ 84 milhões para melhorias em Xerém e no centro de treinamento, além de R$ 143 milhões em royalties destinados à associação. O aporte financeiro se baseia também em geração de caixa, com previsão de repasse anual de royalties no valor inicial de R$ 12 milhões para o clube[3][4][5].

O grupo de investidores conta com nomes de alto prestígio, entre eles o primeiro escalão liderado por André Esteves, ex-CEO do BTG Pactual e um dos brasileiros mais ricos, segundo a Forbes 2025. A participação desses torcedores milionários reforça a intenção do projeto de firmar um modelo sustentável e escalável para o futebol tricolor, com governança transparente e robusta, visão de longo prazo e foco em inovação no esporte[2][5].

A proposta foi entregue ao Conselho Deliberativo do Fluminense em setembro de 2025 e deve passar por votação dos conselheiros e sócios após as eleições presidenciais do clube, previstas para o fim de 2025, com possível decisão final apenas em fevereiro de 2026. A diretoria quer garantir, com esse modelo, maior solidez financeira, competitividade esportiva e resgate da credibilidade frente ao exigente torcedor tricolor[1][3][4].

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