A expulsão do goleiro Léo Jardim no empate por 1 a 1 entre Internacional e Vasco, no último domingo (27), no estádio Beira-Rio, gerou uma intensa polêmica e ampla repercussão no futebol brasileiro. O arqueiro vascaíno recebeu o cartão vermelho após atrasar propositalmente o reinício da partida, o que foi interpretado pelo árbitro Flávio Rodrigues de Souza, de São Paulo, como uma atitude desrespeitosa. Segundo a súmula oficial, Léo Jardim permaneceu cerca de dois minutos caído no gramado, ao lado da trave, sem motivo aparente, mesmo após ter sido solicitado diversas vezes a se levantar, inclusive durante o procedimento de substituições. O árbitro aplicou o segundo cartão amarelo aos 40 minutos do segundo tempo, resultando na expulsão do goleiro, quando o Vasco ainda vencia por 1 a 0[1].
O lance chamou a atenção não só pela decisão do árbitro, mas também pela estratégia conhecida como ‘cera’ — quando jogadores atrasam o reinício da partida para ganhar tempo e proteger uma vantagem no placar. Léo Jardim já havia recebido o primeiro cartão amarelo aos 24 minutos do segundo tempo, devido a uma atitude similar, e após alegar dores e permanecer sentado no gramado, o árbitro não poupou a segunda advertência[2]. O técnico do Vasco, Fernando Diniz, substituiu o goleiro expulso por Daniel Fuzatto, e logo depois o Internacional empatou o jogo aos 45 minutos[2].
Além da expulsão, exames feitos após a partida apontaram que Léo Jardim sofreu um hematoma muscular profundo e uma contusão por trauma na região da bacia, medidas em aproximadamente 3,1 x 2,3 cm. O clube carioca publicou os resultados ressaltando que o atleta está sob tratamento intensivo com o departamento de saúde e performance do Vasco. A divulgação da lesão foi autorizada tanto pelo goleiro quanto pelo médico responsável pela avaliação[3].
O episódio reacendeu o debate sobre a prática da cera no futebol brasileiro, que virou alvo de regras mais rigorosas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com a adoção da norma dos oito segundos para posse de bola pelos goleiros. Caso o limite seja ultrapassado, o adversário é premiado com escanteio[4]. Mesmo assim, goleiros continuam figurando entre os atletas com maior tempo de atendimento médico em campo, principalmente pela frequente prática de quedas visivelmente intencionais para retardar o andamento do jogo, como é o caso de Léo Jardim, que é o segundo goleiro com mais tempo em atendimento nesta temporada do Brasileirão 2025[4].
A arbitragem de Flávio Rodrigues de Souza no duelo entre Vasco e Internacional foi considerada rigorosa por especialistas. PC de Oliveira, comentarista esportivo, avaliou a expulsão como um exemplo de firmeza e destacou que o goleiro não apresentava lesão aparente que justificasse sua permanência no chão, interpretando a atitude como clara tentativa de cera. A atuação do árbitro recebeu elogios por sua coragem em aplicar a regra, mesmo que tenha causado muita controvérsia e indignação, especialmente por parte da equipe vascaína[5].
Enquanto o Vasco contestou a decisão da arbitragem ao ponto de solicitar o afastamento do árbitro à CBF, o episódio traz à tona uma discussão maior sobre o equilíbrio entre rigor nas regras e o jogo limpo, além do impacto da cera nas partidas do campeonato brasileiro. A expulsão de Léo Jardim não é um caso isolado, mas representa uma postura mais inflexível dos árbitros para coibir atrasos por parte de atletas com o objetivo hesitar o andamento dos jogos[1][2][4][5].
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