A Crefisa, empresa presidida por Leila Pereira, que também lidera o Palmeiras, firmou um acordo para emprestar R$ 80 milhões ao Vasco da Gama, que enfrenta uma grave crise financeira e está em processo de recuperação judicial. O empréstimo será fundamental para a quitação de salários, pagamentos a fornecedores estratégicos, além de obrigações trabalhistas e fiscais do clube cruz-maltino[1][2][4].
Este financiamento, realizado na modalidade DIP (Debtor in Possession financing), é comum em processos judiciais de recuperação e visa garantir a continuidade das operações do Vasco enquanto o plano de recuperação avança. A operação ainda depende da aprovação da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que dará aval para o repasse dos recursos aos cofres do clube[1][4].
A negociação foi conduzida diretamente pelo presidente do Vasco, Jorge Salgado (conhecido como Pedrinho), e José Lamachia, proprietário da Crefisa e marido de Leila Pereira. O clube buscou no mercado diversas propostas — manteve contato com mais de 60 instituições financeiras, das quais cinco apresentaram ofertas firmes. A escolha da Crefisa se deu pelas condições financeiras mais vantajosas para o Vasco, que conseguiu postergar a captação para encontrar o melhor parceiro[1][2].
Além do empréstimo, foi estabelecida uma parceria que envolve também repasse para projetos incentivados da associação vinculada ao Vasco, demonstrando uma relação próxima entre o clube e a empresa[2]. No entanto, há questionamentos no meio esportivo sobre a legalidade e governança devido ao conflito de interesses, uma vez que Leila Pereira preside o Palmeiras, rival do Vasco, o que gera discussões sobre integridade na gestão do futebol brasileiro[4].
Em termos contratuais, a Crefisa terá poder de veto sobre eventuais mudanças no controle da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Vasco, podendo condicionar a liberação dos recursos à manutenção do atual comando. Como garantia, cerca de 20% das ações da Vasco SAF foram oferecidas, o que indica que, em caso de inadimplência, a Crefisa poderá assumir essa participação[5].
Este aporte financeiro é visto como uma medida emergencial para garantir a estabilidade de curto prazo do Vasco, evitando atrasos em compromissos essenciais enquanto o clube busca superar sua crise financeira e avançar no processo judicial.
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