O Club de Regatas Vasco da Gama e a Vasco da Gama SAF divulgaram recentemente seus balanços financeiros referentes ao ano de 2024, revelando importantes detalhes sobre a situação econômica e o desempenho financeiro da instituição e de sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O relatório traz dados que evidenciam avanços em receitas, mas ainda refletem os desafios financeiros enfrentados pelo clube.
A Vasco da Gama SAF atingiu em 2024 a maior receita anual de sua história, chegando a R$ 473,8 milhões, resultado da combinação da receita operacional bruta de R$ 299,9 milhões — que cresceu 25,7% em relação a 2023 — com R$ 173,9 milhões provenientes da venda de jogadores. Esse aumento significativo foi impulsionado pela melhora nas competições esportivas, maior engajamento do programa Sócio Gigante, crescimento nas bilheterias e melhores resultados em transações de atletas[1][2][4].
Apesar do crescimento da receita e de um EBITDA positivo de R$ 50 milhões, que representa uma melhora de R$ 58,2 milhões na comparação com o EBITDA negativo de 2023, o balanço contábil ainda apresentou prejuízo de R$ 92,1 milhões em 2024. Este resultado, porém, é 25,4% menor do que o prejuízo de R$ 123,5 milhões registrado no ano anterior. A situação financeira do Vasco permanece delicada, com uma dívida total que ultrapassa R$ 1,18 bilhão e um patrimônio líquido negativo de R$ 703,9 milhões, o que levou o clube a entrar em processo de recuperação judicial para tentar reestruturar suas finanças e garantir sustentabilidade no futuro[1][2][4].
No âmbito do clube social, o Vasco também apresentou resultados positivos no primeiro quadrimestre de 2025, com superávit de R$ 786 mil e saldo de caixa de R$ 1,4 milhão. A arrecadação de mais de R$ 6,6 milhões nesse período, oriunda de patrocínios, royalties, bilheteria, programas sociais e repasses da SAF, contribuiu para a estabilidade financeira da instituição fora das atividades esportivas. As despesas administrativas e operacionais totalizaram R$ 5,9 milhões, demonstrando um equilíbrio importante entre receitas e gastos no setor social do clube[5].
Os balanços divulgados refletem tanto os esforços para a recuperação financeira quanto a dependência histórica da gestão do futebol para equilibrar as contas. A expectativa agora é de que as medidas adotadas pela SAF, aliadas à continuidade do controle rigoroso de custos e à manutenção do engajamento da torcida, possam resultar em maior sustentabilidade econômica para o Vasco da Gama nos próximos anos.
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