O Vasco da Gama recebeu autorização judicial para contratar um empréstimo de R$ 80 milhões com a empresa Crefisa, decisão considerada essencial para a continuidade das operações do clube em meio à crise financeira e ao processo de recuperação judicial. A modalidade escolhida para o financiamento foi o DIP Financing (Debtor-in-Possession), que permite empresas em recuperação judicial obter recursos ao garantirem que o crédito será destinado à manutenção das atividades básicas e à quitação de obrigações imediatas[3][7][11].
A autorização foi concedida pela juíza Caroline Rossy Brandão Fonseca, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, após recomendação do Administrador Judicial e do Ministério Público. Como garantia do empréstimo, o Vasco ofereceu 10% das ações da sua SAF (Sociedade Anônima do Futebol), vinculadas ao clube associativo. O valor será utilizado exclusivamente para despesas operacionais, incluindo pagamento de salários, fornecedores estratégicos, tributos e demais custos administrativos, visando impedir o colapso financeiro e garantir que o clube honre seus compromissos em 2025, ano no qual estima despesas contábeis próximas a R$ 170 milhões[3][7][11].
A operação financeira foi resultado de um processo seletivo em que o Vasco avaliou propostas de mais de 60 instituições financeiras, assinando acordos de confidencialidade com 40 e recebendo cinco propostas firmes. A escolha pela Crefisa foi motivada pelas condições mais vantajosas apresentadas pela empresa, que é patrocinadora do Palmeiras e que tem forte atuação no mercado financeiro ligado ao esporte. O presidente do Vasco, conhecido como Pedrinho, conduziu diretamente as negociações com a Crefisa, representada por José Lamachia, destacando que a necessidade do empréstimo já estava prevista no planejamento da recuperação judicial, mas a procura pela melhor alternativa financeira levou ao adiamento do contrato até a presente data[1][5].
O contrato prevê um prazo de carência de 12 meses e quitação em até 36 meses, com juros na faixa de CDI mais 7% ao ano. O cronograma de recebimento do empréstimo deve ocorrer em parcelas, sendo que R$ 70 milhões deverão ser utilizados ainda em outubro de 2025, seguidos de parcelas menores em novembro e dezembro. Todo o uso dos recursos será monitorado rigorosamente pela Justiça, Ministério Público e o Administrador Judicial, buscando garantir transparência e a correta aplicação do dinheiro para a recuperação do clube[7].
O empréstimo surge em um momento delicado para o Vasco, que enfrenta uma crise financeira histórica agravada por falhas na gestão da SAF e a falta de aportes da antiga investidora 777 Partners. A recuperação judicial, protocolada em fevereiro de 2025, trouxe um alívio temporário e protege o Vasco de cobranças e bloqueios judiciais, mas o déficit estrutural ainda é preocupante. Especialistas apontam que a situação do clube está próxima do limite crítico, sendo fundamental o aporte emergencial para evitar um colapso financeiro que poderia comprometer até mesmo a participação do Vasco em competições nacionais[2][4][6].
Este movimento financeiro reforça o compromisso da atual gestão com a responsabilidade fiscal e a busca por estabilidade financeira, buscando garantir condições mínimas para o futebol e a operação do clube enquanto a recuperação judicial avança.
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