Justiça autoriza o Vasco a receber empréstimo da Crefisa

A Justiça autorizou o Vasco da Gama a receber um empréstimo emergencial de R$ 80 milhões da empresa Crefisa, recurso crucial para a manutenção das atividades do clube em meio ao processo de recuperação judicial. A medida foi aprovada pela 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que concedeu a liberação do financiamento na modalidade DIP Financing (Debtor-in-Possession), uso previsto na Lei 11.101/2005 para empresas em crise administrativa e financeira.

O empréstimo, que terá como garantia a alienação fiduciária de 10% das ações ordinárias de classe A da Vasco SAF, foi ajustado após pareceres contrários iniciais do Ministério Público e do administrador judicial quanto à proposta original de garantia de 20%. A redução na garantia para 10% garantiu a aprovação da operação, protegendo o controle do clube e evitando a necessidade de aprovação pelo Conselho Deliberativo do Vasco, já que essa captação não configura venda de ativos, mas sim uma operação financeira estratégica durante a recuperação judicial.

Os recursos obtidos serão usados exclusivamente para despesas operacionais imprescindíveis, como pagamento de salários dos atletas, quitação de tributos, fornecedores estratégicos e demais custos administrativos relacionados ao futebol. O Vasco pretende utilizar R$ 70 milhões ainda em outubro, com a primeira parcela de R$ 30 milhões a ser liberada imediatamente após a autorização judicial e o restante em parcelas programadas para o fim do ano.

A direção do clube realizou negociações diretas com a Crefisa, que é também patrocinadora do Palmeiras. Segundo o presidente do Vasco, Pedrinho, a escolha da Crefisa foi por apresentar as condições mais vantajosas diante da análise de cerca de 60 instituições financeiras, das quais 5 apresentaram propostas firmes.

Além disso, o contrato prevê carência de 12 meses para início dos pagamentos e amortizações trimestrais, com o valor total a ser quitado em até 36 meses, apresentando remuneração baseada em CDI mais juros de 7% ao ano. Outros encargos incluem IOF e multas previstas para casos de inadimplência.

Esta operação financeira representa um passo importante para o Vasco da Gama garantir sua liquidez, honrar compromissos trabalhistas e fiscais e manter a estabilidade até o fim de 2025, período para o qual o clube projeta a necessidade de cerca de R$ 170 milhões para suas operações.

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