Bap critica acordo entre Vasco e Crefisa e chama relação de “imoral”; rival rebate

Luiz Eduardo Baptista, o Bap, presidente do Flamengo, lançou fortes críticas contra o acordo de empréstimo firmado entre o Vasco da Gama e a Crefisa, classificando a relação como ‘imoral’. Em entrevista ao UOL, Bap questionou o empréstimo de R$ 80 milhões concedido pela empresa, que pediu 10% das ações da SAF do Vasco como garantia, o que para ele configuraria um claro conflito de interesses e um movimento que sugere uma possível interferência direta da Crefisa na gestão do clube. Ele ressaltou que, no mercado financeiro tradicional, empréstimos são garantidos por bens reais, como imóveis, e que o pedido de ações foge a essa prática, indicando uma intenção de controle. Bap destacou ainda a coincidência do anúncio do empréstimo com uma derrota severa do Vasco sobre o Palmeiras, reforçando seu argumento sobre a complexidade ética do negócio[6][4].

Em contraponto, o Vasco da Gama reagiu oficialmente às declarações, emitindo uma nota de repúdio contra as ‘insinuações e ilações irresponsáveis e completamente desconexas da realidade’ feitas pelo presidente rubro-negro. O clube afirmou que a crítica tem por objetivo desviar a atenção da opinião pública de questões internas ao Flamengo e reafirmou que todas as suas decisões são tomadas com transparência, lisura e seriedade. O Vasco destaca que pautará sua conduta por esses valores, mesmo diante de ataques que consideram lamentáveis[1][2][8][9].

A Crefisa, controlada por José Roberto Lamacchia, marido de Leila Pereira — presidente do Palmeiras e antiga patrocinadora do clube alviverde até início de 2025 — tem sua atuação questionada no episódio, uma vez que já mantém uma relação próximo ao Palmeiras, clube rival tanto do Flamengo quanto do Vasco. Bap levantou dúvidas sobre a postura ética da empresa ao financiar um rival do time ao qual esteve patrocinadora máster, acusando a operação de ser uma ‘transição’ que poderá resultar em controle acionário a médio prazo, ainda que não ultrapasse os limites legais que acionariam gatilhos de controle societário[6].

O episódio reacende debates sobre a influência de grupos financeiros no futebol brasileiro e sobre a transparência e ética nas relações entre clubes e patrocinadores/investidores. Enquanto o Flamengo mantém pressão sobre temas como a divisão dos direitos de transmissão, o Vasco insiste na legitimidade e correção de seus acordos financeiros, num cenário que expõe as tensões internas do futebol nacional.

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