Vasco ajusta garantia de empréstimo com Crefisa para 10% da SAF e avança em recuperação judicial

O Vasco da Gama avançou significativamente em seu processo de recuperação judicial ao ajustar as condições do empréstimo de R$ 80 milhões firmado com a Crefisa. A principal alteração foi a redução da garantia oferecida para a operação, que passou a ser limitada a 10% do capital social da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, uma mudança importante para equilibrar a segurança financeira do credor sem comprometer excessivamente o patrimônio do clube[3][1].

Este empréstimo, contratado na modalidade DIP (Debtor in Possession financing), é específico para empresas em recuperação judicial e visa custear despesas operacionais essenciais do Vasco, como pagamento de salários, fornecedores estratégicos e obrigações trabalhistas e fiscais. A diretoria cruzmaltina buscou no mercado mais de 60 instituições financeiras, das quais 40 assinaram acordos de confidencialidade e 5 apresentaram propostas firmes, tendo a Crefisa oferecido as melhores condições. A negociação foi conduzida diretamente entre o presidente do Vasco, Pedrinho, e José Lamachia, proprietário da Crefisa[3].

No meio jurídico, o Vasco já solicitou a autorização da Justiça, por meio da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, para a realização deste empréstimo. Além disso, o clube está enfrentando questionamentos ao seu plano de recuperação judicial. Ex-jogadores e outros credores contestam aspectos do plano, principalmente a cláusula que impõe um deságio de 92% a credores que não aderirem às condições negociadas, argumento que é considerado ilegal e abusivo pela Lei de Recuperação Judicial (Lei 11.101/05) e por algumas entidades, como o clube paraguaio Olímpia[2].

Em resposta, o Vasco tem defendido a legalidade do seu processo de recuperação, mantendo transparência e cumprindo os trâmites judiciais. Contudo, tem também enfrentado polêmicas internas, como manifestações públicas de ex-jogadores que criticam a gestão financeira atual e a condução do processo, levando o clube a anunciar medidas legais contra alguns desses ex-atletas por declarações consideradas infundadas e potencialmente desestabilizadoras do processo de reestruturação[4].

Esse conjunto de ações mostra um momento crucial para o Vasco, com esforços para garantir a sustentabilidade financeira imediata e a continuidade das atividades esportivas e administrativas, enfrentando ao mesmo tempo resistências e desafios legais em sua recuperação judicial.

#VascoDaGama #RecuperaçãoJudicial #Crefisa #Empréstimo #SAF #FinançasNoFutebol #DireitoEmpresarial #GestãoFinanceira #FutebolBrasileiro #ClubesEmCrise

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *