Torcida organizada do Vasco protagonizou uma série de provocações ao Corinthians no estádio de São Januário, pouco antes do duelo entre os times pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, no domingo, 24 de agosto de 2025. Entre as pichações e símbolos espalhados no setor visitante, os vascaínos fizeram menção direta à morte de um torcedor corintiano ocorrida em 2009 durante uma briga entre torcidas rivais em São Paulo, além de exibirem galinhas de plástico e milho, símbolos usados para provocar a equipe adversária.
A ação da organizada do Vasco incluiu a pichação da data ‘2009’ nas paredes do setor destinado aos visitantes, referência ao assassinato de Cleiton Ferreira de Souza, de 27 anos, um torcedor do Corinthians que faleceu após ser agredido em um confronto entre torcidas no ano da semifinal da Copa do Brasil. Também foram penduradas galinhas de plástico, um símbolo provocativo utilizado para desmerecer o rival, e espalhado milho pelo local. Além disso, os vascaínos colaram adesivos das torcidas organizadas do Vasco e do Palmeiras — que são aliadas — e chegaram a desenhar o escudo do Palmeiras nas paredes do estádio, além de incluir o nome da Mancha Verde, principal torcida organizada do Palmeiras, rival do Corinthians.
A Polícia Militar, por meio do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (Bepe), interveio no local ao constatar as provocações e determinou a remoção imediata de todo o material. Funcionários do Vasco também foram acionados para retirar os objetos provocativos antes da chegada dos torcedores visitantes. Por volta das 14h, não havia mais faixas ou pichações ofensivas no setor destinado ao Corinthians, apesar de alguns resíduos de milho ainda permanecerem no chão.
Pouco depois, membros da principal organizada do Vasco subiram em um prédio próximo a São Januário para estenderem uma faixa com a inscrição ‘Marginal Tietê 03/06/2009’, reforçando a provocação e a alusão direta àquela fatalidade em São Paulo.
O episódio reacende o clima de tensão histórica entre as torcidas do Vasco e Corinthians, destacando o desafio contínuo para os clubes e autoridades em manter a paz nos estádios diante de rivalidades marcadas por episódios violentos do passado. O Vasco ainda não se posicionou oficialmente sobre os atos, que repercutiram intensamente nas redes sociais e no meio esportivo.
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