A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deu o pontapé inicial em um projeto que promete transformar o futuro do Vasco da Gama e do futebol brasileiro como um todo. Na última segunda-feira (11), foi realizada a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) dedicado à elaboração do Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF), um regulamento de fair play financeiro que visa equilibrar as contas dos clubes do país, incluindo o Vasco, que participa ativamente das discussões.
O presidente da CBF, Samir Xaud, destacou a urgência da iniciativa. Com apenas 78 dias de gestão, Xaud conduziu o encontro com a presença de representantes de 34 clubes e 10 federações, reunidos no hotel Grand Hyatt, no Rio de Janeiro. O projeto tem como objetivo principal controlar os gastos dos clubes, garantindo que eles se mantenham dentro da realidade de suas receitas e promovendo a regularização de débitos atrasados, para evitar déficits financeiros prejudiciais ao esporte nacional.
Ricardo Gluck Paul, vice-presidente da CBF e presidente da Federação Paraense de Futebol, foi escolhido para presidir o GT. Ele ressaltou a importância histórica da iniciativa e o compromisso da entidade com o diálogo amplo entre clubes, federações e demais integrantes do futebol brasileiro. Para ele, colocar todas as partes na mesma mesa de negociação é fundamental para viabilizar um novo padrão de responsabilidade fiscal.
O projeto também conta com o apoio de figuras importantes do futebol brasileiro. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, enfatizou que a implementação do fair play financeiro é essencial para a criação de uma Liga mais equilibrada e que o sucesso do modelo pode igualar o nível das competições ao evitar a concentração de recursos apenas nos clubes mais endividados ou com maior poder econômico.
Um dos desafios enfrentados pelo Vasco e outros clubes está na sua situação financeira delicada. Embora o Vasco apresente um superávit acumulado no primeiro quadrimestre de 2025, a dívida do clube aumentou em R$ 350 milhões desde a criação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol), apesar dos aportes financeiros. A adequação ao futuro sistema de sustentabilidade financeira deve ser um passo decisivo na recuperação econômica do clube.
A expectativa é que o modelo definido pelo Grupo de Trabalho seja apresentado oficialmente no CBF Summit, programado para o dia 26 de novembro. O formato do SSF será adaptado às particularidades do futebol brasileiro, evitando impactos negativos imediatos aos clubes com estruturas financeiras mais frágeis, como o próprio Vasco. O objetivo é estabelecer um ecossistema financeiro autossustentável, eliminando dívidas excessivas e promovendo um futebol sem “doping financeiro”.
Especialistas como Sefton Perry, chefe do Centro de Análise e Inteligência da Uefa, participam da construção do projeto trazendo experiência internacional para ajudar a estruturar um modelo que atraia investimentos e aumente a credibilidade do futebol brasileiro.
Com esta iniciativa da CBF, o Vasco da Gama pode ser um dos grandes beneficiados, buscando a recuperação financeira sustentável e um ambiente esportivo mais justo e competitivo.
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