Hoje, 12 de agosto de 2025, celebram-se os **102 anos da histórica conquista do Campeonato Carioca pelo Vasco da Gama**, realizada em 1923 pelo time conhecido como os **Camisas Negras**. Esse marco não foi somente uma vitória esportiva, mas também uma emblemática luta contra o preconceito racial e social que permeava o futebol da época.
Em sua primeira participação na elite do futebol carioca, o Vasco, até então reconhecido principalmente pelo remo, mostrou sua força ao garantir o título com uma campanha impressionante: 11 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota. Na partida decisiva, o Vasco venceu o São Cristóvão por 3 a 2, em uma virada cheia de emoção que ficou para a história[4][5].
A equipe dos Camisas Negras era composta majoritariamente por jogadores negros, mulatos, operários e comerciantes, um contraste forte com os times aristocráticos dominantes, que até então controlavam o esporte exclusivamente para as elites brancas. Entre os nomes que entraram para a eternidade do clube estão Adão, Arlindo, Arthur, Bolão, Cecy, Cláudio, Leitão, Mingote, Negrito, Nelson, Nicolino, Nolasco, Paschoal, Pires, Russo, Torterolli, além do treinador uruguaio Ramón Platero, líder dessa equipe revolucionária[1][5].
O título conquistado pelos Camisas Negras representou muito mais do que a taça. Foi a vitória do futebol popular, da inclusão social e da resistência contra o racismo institucionalizado naquele período. O Vasco da Gama revolucionou o futebol brasileiro, abrindo espaço para que os jogadores negros e de classes sociais menos favorecidas pudessem brilhar no mais alto nível. Essa conquista teve papel decisivo na evolução do futebol rumo à sua profissionalização, que só seria oficializada no Brasil em 1933, mas cuja semente foi plantada por esse grupo pioneiro de atletas[2][3].
Ao longo das décadas, o Vasco mantém viva essa memória, que transcende o esporte para representar uma importante mensagem social e cultural. Essa celebração, portanto, não é apenas a lembrança de um título, mas a reafirmação do compromisso do Gigante da Colina com a diversidade e a igualdade, valores que continuam a inspirar suas torcidas e o futebol brasileiro como um todo.
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