O Vasco da Gama divulgou na noite deste sábado (26) uma lista oficial detalhando os débitos referentes a dívidas de comissões de empresários ligados a negociações de jogadores, totalizando mais de R$ 30 milhões. Esses valores correspondem a comissões garantidas e pendentes que o clube deve a diversos agentes, incluindo nomes de destaque como Carlos Leite, André Cury e Eduardo Uram, que juntos somam parcelas milionárias. A dívida acumulada é um reflexo de contratações e transferências realizadas nos últimos anos, gerando um impacto significativo nas finanças do clube.
O episódio ganhou repercussão pública após o empresário Fábio Mello, representante do meia Adson – eleito pela torcida como principal contratação vascaína no ano passado – expor a falta do pagamento parcial de sua comissão, estimada em R$ 620 mil. Mello afirmou em podcast que o Vasco não honrou com uma parcela da comissão referente a essa negociação, um exemplo claro das pendências que ainda precisam ser resolvidas.
Além do montante principal, alguns débitos têm sido objeto de discussões judiciais e procedimentos na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF, o que evidencia a complexidade da situação financeira vascaína. Apesar do quadro delicado, a diretoria do Vasco, em especial o CEO da SAF Carlos Amodeo, garantiu que as obrigações correntes, aquelas posteriores ao pedido de recuperação judicial, estão sendo quitadas regularmente. Já as dívidas antigas, como essas comissões, estão sendo organizadas para pagamento conforme o plano aprovado pela Justiça.
O clube ressaltou em nota oficial que tentou reunir transparência para seus torcedores e credores ao publicar a lista com os valores devidos, na tentativa de demonstrar o compromisso com a solução dos passivos e a busca por regularização financeira. No entanto, o tema ainda gera debates internos em relação às estratégias para equilibrar as contas sem comprometer investimentos futuros no elenco.
Esse cenário evidencia um desafio de longo prazo para o Vasco da Gama, que além de realizar o planejamento técnico, precisa administrar com cautela seus passivos financeiros para não repetir erros históricos que fragilizaram ainda mais sua estrutura.
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