Pedrinho compara situação financeira do Vasco com a de rivais

O presidente do Vasco da Gama, Pedrinho, realizou nesta quinta-feira (24) uma coletiva de imprensa na qual abordou com transparência os desafios financeiros enfrentados pelo clube, além de comparar a situação econômica do Vasco com a de seus principais rivais no futebol brasileiro. Em meio a um momento delicado dentro e fora dos gramados, Pedrinho expôs detalhes sobre investimentos, dívidas e planejamento para o futuro, buscando equilibrar as contas e garantir um caminho sustentável para o clube.

Segundo Pedrinho, embora o Vasco tenha feito investimentos relevantes, a gestão financeira ainda está longe do ideal. Ele revelou que o custo total das negociações realizadas durante sua gestão gira em torno de R$ 60 milhões e destacou que, apesar da vontade de contratar jogadores de alto nível, é fundamental respeitar o fluxo de caixa para preservar a saúde financeira do clube. Pedrinho demonstrou otimismo com reforços como o meia Coutinho e o atacante Lucas Freitas, vendo potencial para que esses atletas apresentem desempenhos consistentes nas próximas partidas[1][4].

Comparando o Vasco com clubes rivais, o presidente ressaltou que, diferentemente do Corinthians, que possui uma dívida considerável e mesmo assim consegue investir e disputar títulos, o clube cruzmaltino enfrenta uma carga financeira mais pesada e menos flexível. Ele explicou que a dívida do Vasco gira em torno de R$ 1,4 bilhão, valor que, através do processo de recuperação judicial, sofrerá um deságio significativo, reduzindo praticamente pela metade o montante a ser pago e permitindo um espaçamento maior para as quitações. Isso, segundo Pedrinho, cria um fluxo de caixa mais saudável, vital para que o clube consiga realizar contratações e se manter competitivo[2][3].

O CEO do Vasco, Carlos Amodeo, também participou das discussões, revelando que estudos de consultoria apontaram um cenário financeiro complicado, com previsão de saldo negativo de caixa que pode atingir R$ 450 a 470 milhões em 2025 e chegar a R$ 900 milhões em 2029/2030 se nenhuma medida efetiva for tomada. Em resposta, o clube vem mantendo rigorosamente os pagamentos em dia e negociando com credores para homologar um plano de recuperação judicial com a maior agilidade possível[2].

Pedrinho enfatizou que as contratações são feitas a partir de um planejamento cuidadoso, e que erros e acertos fazem parte do processo. Ele rebateu críticas sobre reforços que não se destacaram, ressaltando que há jogadores que ainda estão em fase de adaptação e que nem sempre o desempenho corresponde ao potencial inicialmente enxergado. O presidente também lamentou dívidas herdadas da gestão anterior — especialmente em relação à 777 Partners — que comprometem parte do orçamento que poderia ser destinado a novos investimentos. Segundo ele, medidas jurídicas foram necessárias para evitar a falência do clube[4].

Finalmente, o presidente fez um apelo à torcida para que compreenda o momento difícil vivido pelo Vasco. Ele destacou que o foco é a autossustentabilidade do clube e a busca por um investidor que possa acelerar o processo de quitação das dívidas e viabilizar contratações de maior impacto. A esperança está em um planejamento financeiro responsável aliado à paixão dos torcedores para que o Vasco volte a brilhar nos próximos anos[1][5].

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