A 777 Partners, grupo norte-americano que detém participação em clubes de futebol ao redor do mundo, enfrenta uma grave crise financeira que culminou na decisão judicial de leiloar suas ações, incluindo as da SAF do Vasco da Gama. O leilão das ações da 777 Partners deverá ocorrer em Nova York e envolverá não apenas o Vasco, mas também outros seis clubes como Genoa (Itália), Sevilla (Espanha), Standard Liège (Bélgica), Red Star (França) e Hertha Berlin (Alemanha)[1][3][6].
A motivação para o leilão é uma dívida bilionária da 777 Partners, estimada em cerca de US$ 350 milhões, junto à seguradora A-CAP, que financiou o grupo e cobranças não quitadas levaram a uma disputa judicial. Como forma de saldar essa dívida, a Justiça autorizou a penhora e o leilão das ações[1].
Apesar da repercussão internacional, o futuro da SAF do Vasco segue envolto em incertezas, porém protegido no cenário jurídico brasileiro. Desde maio de 2024, uma liminar da Justiça do Rio de Janeiro garante que a 777 Partners está afastada do controle da SAF do Vasco, que permanece sob administração da atual diretoria, liderada pelo vice-presidente jurídico Felipe Carregal. A liminar impede qualquer movimentação ou venda das ações referentes ao Vasco sem a autorização do clube e do Poder Judiciário brasileiro, assegurando que qualquer transação realizada no exterior não terá validade jurídica no Brasil[2][5][6].
O Vasco ainda não se manifestou oficialmente sobre o leilão em Nova York, mas fontes internas indicam que o clube está tranquilo pela blindagem legal que mantém o controle local. Segundo o vice-presidente jurídico, o acordo de acionistas firmado impede a venda indireta do controle da SAF, ou seja, mesmo que as ações ou a empresa que as controla sejam vendidas no exterior, tal operação não terá efeitos práticos no Brasil. Assim, qualquer nova tentativa da 777 Partners de retomar o controle será considerada nula no país, podendo acarretar multas e sanções severas[2][5].
Este capítulo reforça o complexo cenário que envolve a SAF do Vasco, que luta para se estabilizar em meio a crises externas e desafios internos. O desfecho do leilão e as movimentações jurídicas futuras terão impacto direto no futuro da gestão do clube, enquanto a torcida segue atenta aos desdobramentos da situação.
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