O Vasco da Gama divulgou o balanço financeiro referente ao ano de 2024, revelando um cenário complexo e preocupante para o clube. Após um atraso de três meses, a gestão atual, liderada por Pedrinho, detalhou as finanças mostrando uma alta expressiva de 41% na receita, que passou de R$ 12,4 milhões para R$ 17,6 milhões, impulsionada principalmente por patrocinadores e premiações esportivas. No entanto, a dívida do clube também cresceu significativamente, saltando 28% e atingindo R$ 256 milhões ao final do ano[3][6].
Além dos números, o balanço trouxe acusações graves. A gestão associativa do Vasco denunciou um desvio de receita no valor de R$ 220 mil por parte da empresa responsável pelo programa de sócios estatutários, contratada na gestão anterior do ex-presidente Jorge Salgado. Salgado, por sua vez, respondeu às acusações, marcando um clima tenso entre as gestões[6].
No âmbito esportivo, o clube comemorou a renovação de patrocínios importantes, especialmente para as modalidades de basquete e futsal masculino. O time de futsal, que voltou a disputar um campeonato nacional após 16 anos, conquistou de forma invicta o título carioca, fato que contribuiu para a estabilidade financeira dessas modalidades, com 100% das despesas cobrindo-se com as receitas de patrocínio. As premiações na Copa do Brasil também foram um destaque financeiro, gerando R$ 52 milhões, quase o triplo do valor recebido na edição anterior[3][6].
Entretanto, o Vasco encara um passivo pesado, incluindo cobranças de dívidas antigas, como FGTS e contribuições sociais, que somam mais de R$ 32 milhões em notificações recentes. O clube vem buscando aliviar a pressão sobre o fluxo de caixa por meio de recuperação judicial e acordos com a maioria dos credores, especialmente renegociações trabalhistas, onde mais de R$ 47 milhões foram parcelados e 52% dos credores aceitaram as condições impostas[1][3].
A dívida total da SAF, companhia que administra o futebol do Vasco, chegou a assustadores R$ 1,2 bilhão em 2024, um aumento de R$ 400 milhões desde a criação da entidade em 2022. Isso contraria a promessa inicial da venda de 70% das ações da área de futebol, que visava reduzir o endividamento. A atual gestão assumiu após disputa judicial com a 777 Partners e se compromete a buscar o equilíbrio financeiro com estratégias de médio e longo prazo, adotando medidas técnicas e jurídicas para recuperar a credibilidade do clube no mercado[1][5].
Esse balanço expõe a complexa situação econômica do Vasco, que mesmo mostrando crescimento em receitas enfrenta um endividamento crescente e acusações de irregularidades que podem comprometer ainda mais a saúde financeira do clube. A expectativa é que, com transparência e planejamento, o Vasco busque reerguer sua estabilidade e retomar seu protagonismo dentro e fora dos campos.
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