O Vasco da Gama foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a pagar quase R$ 250 mil à Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (FENAPAF) em decorrência de transferências internacionais realizadas no passado. A decisão judicial, mantida pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), determina que o clube repasse R$ 249.810,00, valor correspondente a 0,2% dos montantes recebidos pelo Vasco nas vendas dos jogadores Douglas Luiz, negociado com o Manchester City em 2017, e Paulinho, vendido ao Bayer Leverkusen em 2018.
Essa quantia deveria ter sido repassada à FENAPAF conforme previsto no artigo 57, inciso II, da Lei Pelé, que garante às entidades sindicais e federações dos atletas uma porcentagem sobre as transferências internacionais de jogadores. O Vasco tentou recorrer da decisão, mas o desembargador Horácio dos Santos Ribeiro Neto, da 10ª Câmara de Direito Público do tribunal, rejeitou os recursos apresentados pelo clube e manteve a sentença, incluindo a obrigatoriedade do pagamento dos honorários advocatícios, que correspondem a 10% do valor fixado na condenação.
Este episódio se soma ao delicado cenário financeiro enfrentado pelo Vasco da Gama, que desde 2024 está em processo de recuperação judicial, buscando reorganizar suas finanças após acumular dívidas vultosas que ultrapassam R$ 1,4 bilhão. Recentemente, o clube também sofreu sanções da FIFA, como o transferban, pela dívida referente à contratação do atacante Adson junto ao Nantes, o que impede o registro de novos jogadores até que a situação seja regularizada.
Apesar dos desafios, o Vasco mostrou progresso financeiro em 2025, registrando um superávit de R$ 786 mil nos primeiros quatro meses do ano, reflexo das medidas de reestruturação implementadas após a saída da gestão da 777 Partners e a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Ainda assim, pendências como esta condenação judicial ressaltam os fantasmas deixados pelas gestões passadas e a complexidade do processo de recuperação do clube.
O caso reforça a necessidade de atenção rigorosa às obrigações legais e financeiras relacionadas às negociações de jogadores, especialmente em clubes que passaram por períodos de instabilidade administrativa e econômica. Para o Vasco, o cumprimento dessa decisão representa mais um passo para limpar seu passivo e cumprir integralmente a legislação vigente.
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