O Vasco da Gama iniciou o ano de 2025 mostrando sinais concretos de recuperação financeira, mesmo diante do desafio crescente da dívida que aumentou em R$ 350 milhões desde a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), em 2022. De acordo com o segundo Relatório Mensal de Atividades apresentado pelas consultorias Wald Administração Judicial e K2, o clube associativo encerrou o primeiro quadrimestre deste ano com superávit de R$ 786 mil e saldo de caixa positivo de R$ 1,4 milhão, refletindo uma gestão mais equilibrada no âmbito do clube social[2][4][8].
O documento, entregue à Justiça como parte do processo de recuperação judicial iniciado em fevereiro de 2025, detalha a situação financeira tanto do clube associativo quanto da SAF. Mesmo com o aumento expressivo da dívida após a saída dos investidores da 777 Partners, que estiveram à frente da SAF até 2023, o Vasco conseguiu apresentar números positivos no início do ano. O relatório destaca que, apesar dos dados financeiros da SAF referentes a 2024 ainda não terem sido auditados, a empresa fechou abril de 2025 com R$ 29,9 milhões em caixa e arrecadou cerca de R$ 124 milhões nos primeiros quatro meses de operação, incluindo receitas provenientes de patrocínios, royalties, bilheteria, programas sociais e repasses da SAF[2][4][5].
O crescimento da dívida, apontado em R$ 350 milhões desde a criação da SAF, tem relação direta com o maior gasto em relação à receita, pagamento de juros de dívidas históricas, e problemas de gestão anteriores. O CFO da SAF, Raphael Vianna, destacou que a receita do clube ainda é inferior ao esperado para o tamanho da torcida e que diversas ações estão sendo implementadas para aumentar a receita e estabelecer limites para gastos com o futebol, buscando a sustentabilidade financeira a médio e longo prazo[6].
A recuperação judicial, que inclui uma tutela cautelar que suspende cobranças e execuções relacionadas às dívidas por 30 dias, tem como objetivo dar fôlego para a reestruturação financeira do Vasco e renegociação com credores, conforme previsto no plano de recuperação. O clube social, por sua vez, mantém um desempenho positivo, controlando despesas administrativas, custos de jogos e impostos, o que contribui para o resultado consolidado no azul neste início de ano[2][4][5].
Este cenário de superávit e caixa positivo nas duas frentes, apesar do aumento da dívida, representa um passo importante para a retomada da solidez financeira do Vasco da Gama, que já enfrenta um período de ajustes após anos de dificuldades administrativas e as mudanças impostas pela implementação do modelo SAF no futebol brasileiro.
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